sexta-feira, 30 de julho de 2010

POR LABIRINTOS


Michael Ayrton Arkville Maze Maquette,1968 Cortesía Jacob E. Nyenhuis, Michigan


De 28 de Julho de 2010 a 9 de Janeiro de 2011 estará patente na Sala 2 do CENTRO DE CULTURA CONTEMPORÂNEA DE BARCELONA uma exposição sobre os LABIRINTOS.

A representação do labirinto e das suas diversas conotações tem estado presente em numerosas tradições culturais da humanidade pelo fascínio que sempre gerou no homem dado o seu carácter de metáfora da própria vida, repleta de situações em que é fácil de entrar mas muito difícil de sair.
O CCCB de Barcelona apresenta a evolução do conceito de labirinto e de suas representações ao longo da história, partindo da distinção, entre os de percurso único e os de percurso múltiplo,delineando também em toda a sua complexidade a nossa noção moderna e o uso actual da ideia de labirinto. Para isso, o centro catalão reuniu peças das mais variadas procedências e épocas: obras arqueológicas, maquetas, gravuras, plantas, fotografias e também animações, projecções interactivas e audiovisuais.
Há um labirinto de planta rectangular por onde podemos caminhar. É um percurso intrincado mas único, atendendo ao objectivo da criação de todos os labirintos de carácter uni-percurso: Alcançar a máxima distância percorrida num espaço concreto e não ampliável. Podemos ver labirintos gravados em pedra, em moedas, cerâmicas, mosaicos, memoriais ou livros, podemos obter uma primeira distinção entre labirintos conceptuais só acessíveis aos nossos olhos ou aos nossos dedos e aos labirintos onde podemos entrar.
É interessante contemplar trabalhos de artistas contemporâneos como Richard Long ou Robert Morris inspirados nos labirintos históricos, podemos aceder a um novo espaço dedicado à figura do minotauro e à análise dos laços do labirinto e da dança. Podemos prestar atenção especial ao criador dos primeiros labirintos Multipercursos Giovanni Fontana. Para percorre-los necessitamos do fio de Ariadne, que é uma espécie de memória externa que nos possibilita voltar sobre os nossos passos e escolher tantas vezes quantas as necessárias, o caminho correcto. É uma boa ajuda para reflectir sobre as relações existentes entre memória e labirinto.

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